sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A rola da Lurdes

A vida que a gente sente
(segundo o que se consente)
na vida de um passarinho,
é deveras interessante;
porque, tal qual como a gente,
tem nostalgia bastante
quando se encontra sozinho.

Em arrulho doce e quente
é também um hino à vida;
Ternura, canção dolente,
parece cantar de gente
numa canção dolorida..

Rola que regressa ao ninho,
com vontade de partir;
ou tem falta de carinho
ou já não tem para onde ir.

A laia de arrulho triste
repito como que chora:
O amor, se é que existe,
só tem de eterno a demora
que leva a fome de alpiste
a ser tampa de Pandora


Sterea/Joana d'arc

domingo, 23 de janeiro de 2011

Carta aberta a Psicogilienko Narcipata

Quando a sociedade tem de se confrontar com o que de mais pernicioso existe no Ser humano, é que se dá conta de quão limitado está, no que concerne ao desenvolvimento sociológico (na vertente consciência moral) o habitante mais aprimorado do terceiro calhau a contar do Sol. Aí, os visados de turno, são assaltados por um sentimento de falta, que logo protelam, esperando que a Natureza execute a sublimação.

... Quem quer que lhe tenha dito, que seria eu a cúmplice ideal para colaborar no lançamento de anátemas, enganou-se completamente. Não sou a cúmplice ideal; Nem para lançar anátemas, nem para assistir a joguinhos capciosos de simpatias de circunstância.

A intriga, a avareza, a sordidez, a arrogância e o despotismo; são excrescências hediondas, que, fazem estagnar a humanidade, inexoravelmente, tolhendo-lhe a capacidade de se constituir numa sociedade mais justa.

Com que então, pronto para dar detalhes da vida do meu querido amigo!... Dê detalhes a quem os quiser receber; Por mim, não vou pactuar consigo em atitudes deploráveis, que apenas visam denegrir pelo prazer de denegrir... Tais atitudes, deixam aflorar mazelas que, são casos paradigmáticos, dignos de estudo aprofundado, do domínio da psicopatologia; E, por consequência, objecto de lástima. Não será difícil adivinhar  quais os temas que gostaria de versar, tendo em conta a propensão que se lhe nota para o enxovalho! Os "detalhes" pressupõem enxovalhar a toda a linha...

Caríssimo, transcrevo para aqui, um excerto da sua amálgama de fraseologia, a fim de melhor ilustrar o que mais adiante lhe direi acerca do tema «llevar al paredón». Entretanto, permita-me uma observação: Será que você escreve mal, porque nunca escreveu bem? Ou está à beira dum brote psicótico? Se é o primeiro caso, você é extremamente limitado; E aí ninguém poderá fazer nada por si; Se é o segundo, só me resta dizer: Vade retro!... E, de imediato, fugir a sete pés. Eis a fraseoligia:


«...E, uma coisa é certa, o 'a el 'paredon' é a característica de como ele vê a vida e que não é a minha. E se souberem um pouco da vida dele compreenderão o que quero dizer. Depois nunca o levaria ao 'paredon' mesmo estando zangado com ele a menos que ele se revelasse ser um agente de uma polícia política e secrete (que as há) que essa sim pratica jogo sujo merecedor do tal 'paredon' e ainda assim o tema não seria decidido por mim, porque nestas coisas da vida e da morte, as tomadas de decisão individuais são deploráveis...»

Assim, ainda que de modo subliminar, fica patente que, NL, tinha razão quando disse: «Ese niño, si tuviese conyuntura, no hesitaría arreglar quienes me llevase al paredón»
Este "arreglar quienes" está expresso na sua fraseologia: «...e ainda assim o tema não seria decidido por mim...» Fica claro, que se empenharia na tarefa da cobertura "legal" (colectiva) conquanto não se descortinasse aí uma decisão individual (despótica)... O deplorável, para si, não é cometer atrocidades; mas sim "botar-se" a culpa a um só marmanjo. Em suma, se é que entendi bem: Deplorável, é não ter capacidade de isentar o autor moral das atrocidades cometidas. Porreiro pá!

Faço mais uma transcrição, que  me serve de perícope e, a si, lhe servirá de mnemónica; para melhor se confrontar com o seu jeitinho caviloso, donde se constata, uma vez mais, o desastre de pessoa que você é: Chama-nos à atenção, a mim e à minha amiga, para que não sejamos influenciadas pelo que nos diz ou possa vir a dizer de NL, no sentido de dar uma de bonzinho... Para, logo a seguir, deixar cair a máscara, quando avisa para o desagradável que seria, para nós, a manutenção dessa amizade... Que coisa mais desconexa! Segue a transcrição:

«...Mas, desde já vos digo. Tenho muito a dizer sobre as aptidões intelectuais e outras a propósito dele e mantenho, é extremamente limitado. O que não quer dizer que não se possa ser amigo de uma pessoa limitada. Eu fui um sincero amigo dele durante anos e sempre tive a opinião que era muito limitado. (não tenho uma visão elitista, intelectual ou aristocrata das amizades). A vida dele fala por ele. Quando conversarmos esclarecerei o que isto quer dizer. E com detalhes. (vocês também podem investigar). Mas atenção, tudo o que digo ou possa vir a dizer e contar não implica que qualquer uma de vós não possa ser amiga dele. A zanga é comigo. Agora não digam que não vos avisei a propósito dos 'repentes' deste senhor. Em que passamos de 'bestiais' a 'bestas' num instantinho. E, a vocês, não sei se um dia não vos tocará o mesmo. Tenho dito. (...)
PS - quando houver data para o nosso encontro avisem.»

Exposta ao acinte gratuito; logo vulnerável a surto de urticária. Perante isto, até a minha amiga, ansiosa por conhecer «a personagem», como ela dizia de si, observvou: - «fogo DiC! Esse sujeitinho, já não interessa; É baita manhoso!...» - para depois concluir: - Manhoso?! Manhoso é eufemismo.»

- É extremamente limitado. - Diz você do alto da sua "sapiência"...  Uma falha de tamanha magnitude, apenas detectada pela "sumidade"!... Que estranho! Você é truculento no dizer; ainda assim, deu para entender que, não foi a "limitação extrema" de NL, a causa das animosidades declaradas entre vocês; mas antes  a sua dignidade; oferecendo relutância suficiente para não se deixar subordinar aos seus ditames. Quisera você que ele fosse limitado de facto; e já não entraria nunca em rota de colisão. Em linguagem astronómica, Você será um buraco-negro que apostado em brilhar a todo custo, não hesita em devorar tudo à sua volta, no intuito de virar QUASAR!... Aqui na terra, vc é mesmo um eucalipto repelente. Posso garantir-lhe que, existe muita gente, e muito bem credenciada, cuja opinião acerca de NL, em nada coincide com a sua. Diz também, a dado passo: «o homem é mais bruto que as casas!... Ele de poeta não tem nada.» Isto entre arroto e arroto em golfadas de veneno; Donde se adivinha um ar convencido, como se estivesse autorizado a falar de coisas que envolvem saber e arte. Mas que petulância! Olhe, meu caro, o meu querido amigo, pode não ser tido por um poeta consagrado; mas tem, pelo menos, a condição essencial; coisa que não está, de todo, ao seu alcance.

Que mau caracter, senhor! Como se atreve a submeter, quem quer que seja, a JUIZOS DE VALOR, quem, como você, utiliza uma retórica tão comezinha e devassa, sem a mínima noção da decência, que apenas serve o sentido pejorativo!? Sim, porque você, além de mau caracter, é quase analfabeto (não interessam os pergaminhos que consiga exibir) basta dissecar sintagmas, para inferir da sua debilidade intelectual. Donde sobressai um carácter egocêntrico, com alto pendor narcisista. O paradoxal, é que você vira eloquente, neste particular, de tão diáfano que fica.



Brindo-lhe com um ror de coisas bonitas; Você merece: Uma quintilha (em redondilha maior) uma quadra e um soneto de Joana D'Arc;  e ainda, uma quadra de  Sterea



Há gente vil, torpe e tonta
Que, por vileza, se apronta
(de tão vil, torpe e mesquinha)
A lançar merda de monta
p'rá hélice da ventoinha.

...com desfaçatez e despudor
quando em escabrosa atitude
fazê-la reverter a seu favor
lhe sai natural e amiúde.

«O PREDADOR»

Intriguista com cara de tritão,
Justo padrão de marialva altivo;
Bronco, hediondo, agressivo;
Vaidoso, caprichoso, parvalhão.

Faz do jogo sórdido, sedução;
Até um ar sofrido vê lascivo;
Tudo ao seu redor lhe é cativo;
Predador sem pudor... Um furacão

Assim, frente ao seu espelho colorido,
Cuja imagen, Narciso, colhe e segue,
Não terá a noção de ter morrido

No Vórtice da vaidade, que o persegue.
Augúrio de castigo bem urdido;
Visto que a Natureza não prescreve.

Joana D'Arc
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A água onde Narciso se reflete
- fatal contratempo deste mundo -
acabará por sumir-se na retrete
e deixar só um cheiro nauseabundo...

Sterea


Freixo-De-Espada-À-Cinta, 23 de Janeiro de 2011
Dina Marília Lopes da Conceição Burnay Flandres Portugal

P.S: E diz mais; Diz que NL o tratou de canalha. Neste caso, e só neste, acredito em si. Quanto à canalhice perpetrada, é claro que acredito em NL