sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A rola da Lurdes

A vida que a gente sente
(segundo o que se consente)
na vida de um passarinho,
é deveras interessante;
porque, tal qual como a gente,
tem nostalgia bastante
quando se encontra sozinho.

Em arrulho doce e quente
é também um hino à vida;
Ternura, canção dolente,
parece cantar de gente
numa canção dolorida..

Rola que regressa ao ninho,
com vontade de partir;
ou tem falta de carinho
ou já não tem para onde ir.

A laia de arrulho triste
repito como que chora:
O amor, se é que existe,
só tem de eterno a demora
que leva a fome de alpiste
a ser tampa de Pandora


Sterea/Joana d'arc

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